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Apresentação

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura e Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica apresentam: Ars Sexualis: Palavras e Imagens - Seminário Internacional de Artes Visuais'25.

Este ano, completamos 5 anos de trajetória, tendo já realizado 4 seminários com apresentações de artigos de todas as regiões do Brasil; 3 exposições, 4 mostras digitais e diversas publicações. Para comemorar nossa jornada e poder pensar em toda essa construção, vamos voltar ao conceito inicial levantando as questões: o que são imagens ars sexualis? Como essas imagens são produzidas e discutidas no meio artístico e cultural? Quais os impactos dessas imagens na arte? Quais as problemáticas e dificuldades em ser artista e pesquisador de uma ars sexualis?

A quinta edição tem o título Ars Sexualis: Palavras e Imagens e quer voltar às suas origens para pensar não apenas o caminho trilhado até aqui, mas refletir sobre O que é Ars Sexualis? O que são Imagens Ars Sexualis? O que são estas Palavras “Ars Sexualis”?

Neste intuito, acreditamos que as trocas a serem realizadas no seminário serão importantes por trazer outros olhares no que tange as artes das sexualidades ou as sexualidades nas artes na construção não apenas de uma historiografia da arte, mas também curatorial, uma vez que pensar imagens e palavras Ars Sexualis é uma espécie de provocar rupturas nas hegemonias estabelecidas até então e provocar o olhar para outras direções até então ignoradas ou interditadas.

O Ars Sexualis'25 acontecerá na forma de mesas de debate, no dia 04 de setembro de 2025, das 10h às 18h, no Auditório do Centro Municipal de Artes do Hélio Oiticica, na cidade do Rio de Janeiro.

O Ars Sexualis - Seminário Internacional de Artes Visuais é organizado anualmente pelo doutorando em artes Bruno Novadvorski (PPGArtes/UERJ), mestrande em artes visuais Sue Gonçalves (PPGAV/UFRGS) e o doutorando em artes Christian de Sousa (PPGArtes/UERJ) e tem apoio do Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGArtes/UERJ) e do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV/UFRGS).

Mesa 01

Marcelo Campos

Palestrante

Marcelo Campos nasceu, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Professor Associado do Departamento de Teoria e História da Arte do Instituto de Artes da UERJ. Curador Chefe do Museu de Arte do Rio. Doutor em Artes Visuais pelo PPGAV da Escola de Belas Artes/ UFRJ. Desenvolveu tese de doutorado sobre o conceito de brasilidade na arte contemporânea. Possui textos publicados sobre arte brasileira em periódicos, livros e catálogos nacionais e internacionais. Em 2023,organizou on livro Voltaire Fraga: uma Bahia em movimento. Salvador: P55; em 2016, lançou Escultura Contemporânea no Brasil: reflexões em dez percursos. Salvador: Editora Caramurê, incluindo parte significativa da produção moderna e contemporânea brasileira, em um levantamento de mais de 90 artistas. Realiza curadoria de exposições, desde 2004, em diversas instituições no Brasil, com mais de cem curadorias até o momento, dentre as quais, destacam-se: FUNK: um grito de ousadia e liberdade, Museu de Arte do Rio (MAR), 2023; Um defeito de Cor, MAR, 2022; Dos Brasis: arte e pensamento negro, SESC Belenzinho, 2023, considearad a maior exposição já realizada no Brasil com artistas afro-brasileiros, contando cerca de 240 artistas. Além das citadas, curou as exposições individuais de Aline Motta, Mulambö, Bqueer, Ayrson Heráclito no Museu de Arte do Rio (MAR). Em 2018, uma grande exposição atualizou o mapeamento da região Nordeste, incluindo pesquisa e trabalho de campo em todos os estados da região, junto com os curadores Clarissa Diniz e Bitú Cassundé, resultando numa mostra de grande porte no Sesc 24 de maio, em São Paulo. Atualmente, coordena pesquisas sobre artistas afrodescendentes no Projeto de extensão, Arte e Afrobrasilidade da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Cezar Bartholomeu

Palestrante

Artista visual (São Paulo, 1966), trabalha primariamente com a fotografia e suas questões. Professor do Núcleo de Imagem Técnica da Escola de Artes Visuais entre 1990 e 2004. Professor Adjunto na Escola de Belas Artes, UFRJ, dep. História e teoria da arte desde 2010. Em 2018/2019, realiza pesquisa de pós-doutorado na Columbia University: Fotografia como arte – táticas recentes, deconceitualismo. Doutor em Linguagens Visuais pelo PPGAV EBA UFRJ e École de Hautes Études en Sciences Sociales, 2004-2008, sob Jean Marie Schaeffer; Mestre em Linguagens Visuais PPGAV EBA UFRJ; Graduado em História da Arte UERJ, 1998. Editor da revista Arte & Ensaios, revista do Programa de Pós-graduação em Artes Visuais EBA/UFRJ entre 2010 e 2017. Realiza, como artista, mais de 50 exposições realizadas nacional e internacionalmente. Entre elas destacam-se ARTEFOTO, em 2002 no CCBB, O Corpo na Arte Brasileira Contemporânea, 2005, no Itaú Cultural em São Paulo, Colisões, realizada no Paço Imperial em 2017, e sua participação na coletiva Sucre Brûlé, 2006, na Galeria da ENSP em Arles, França. Como curador atuou em Bienais da Escola de Belas Artes, co-organizou mostras no âmbito das Semanas da Fotografia realizadas pela Escola de Artes Visuais (Parque Lage) nos anos 90, e sobretudo cura com Marta Mestre Celebrações/Negociações – Fotografia Africana na coleção Gilberto Chateaubriand no MAM RJ em 2011, da qual resultou catálogo/livro. Em 2012, cura Rever, individual de Rochele Zandavali a convite do Santander Cultural, em Porto Alegre, como parte do Programa RS Contemporâneo. Em 2018, realiza as curadorias da primeira individual de Claudio Tobinaga, Colapsos, na Galeria Simone Cadinelli, e a exposição individual Aqui, Não, de Cristina de Pádula no Paço Imperial. Participa ainda da comissão julgadora do Prêmio Pipa e Prêmio Nacional de Artes Plásticas da FUNARTE em 2012.

Patricia Reinheimr

Mediadora

Professora de Antropologia Social do curso de Ciências Sociais da UFRRJ e do Programa de Pós-Graduação da mesma universidade, formada em Licenciatura em Artes Plásticas, com mestrado e doutorado em Antropologia Social pelo Museu Nacional. Tem se dedicado a investigar os processos sociais por trás de objetos artísticos situados. Trabalhou durante quatro anos com um projeto de extensão no sistema de saúde mental do Rio de Janeiro ensinando técnicas de papel machê para a produção de objetos artesanais em oficinas realizadas nas instituições substitutivas da Reforma Psiquiátrica. Publicou um livro premiado sobre seus avós apontando, a partir do arquivo por eles legado, o papel das coisas colecionadas na conformação de subjetividades e coletividades através de estilos de vida e produção e consumo cultural. Atualmente vem refletindo sobre o uso do desenho nas práticas etnográficas, como ferramenta de interação, recurso expressivo e prática mediadora de sentidos no campo de pesquisa.

Mesa 02

Nathanael Araujo

Palestrante

Doutor em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (PPGAS/UNICAMP), mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (PPGCS/UFRRJ) e graduado em licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (COC/UFF). De 2023 a 2025 foi coordenador de ensino da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, na cidade do Rio de Janeiro. Tem experiência de pesquisa nas áreas de Antropologia e de Sociologia, com ênfase em Antropologia Urbana e Sociologia Urbana, atuando principalmente nos seguintes temas: educação formal e informal, mercado editorial contemporâneo, livros de artistas, artistas gráficos, livrarias, feiras e demais espaços de circulação de publicações impressas, literatura LGBT e trajetórias profissionais atravessadas por marcadores sociais de diferença. Pesquisador vinculado ao Núcleo de Estudos em Corpos, Gênero e Sexualidade (NuSEX/PPGAS/MN/UFRJ), ao Núcleo de Estudos de Gênero PAGU (UNICAMP), ao Ateliê de Produção Simbólica e Antropologia (APSA/UNICAMP) e ao Núcleo Direito e Democracia, do Centro Brasileiro de Analise e Planejamento (NDD/CEBRAP). Membro da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), integrante da Comissão Editorial de Livros Científicos da ABA, organizou a Feira de Livros e Lançamentos da 32a Reunião Brasileira de Antropologia (RBA), em 2020. Atuou como docente nos Programas de Pós-Graduação Lato Sensu em Sociologia, Estudos Brasileiros e Antropologia, todos da Fundação Escola de Sociologia Política de São Paulo (FESPSP), além de ministrar cursos livres sobre gênero e sexualidades nos mundos dos livros e das publicações de artistas. Como editor, integrou a Proa: Revista de Antropologia e Arte da UNICAMP entre 2017 e 2020, onde, dentre outras atividades, coorganizou dois dossiês: ''Arte e Rua'' e ''Arte, Arquitetura e Design''. Como editor convidado da Revista Ludere (UFRRJ), organizou o dossiê ''Gênero e Sexualidade'', e foi editor de seção da Revista ECOS: Estudos Contemporâneos da Subjetividade (UFF), entre 2011 e 2013. Coorganizou e editou os livros ''Imigração e Cultura Material: coisas e pessoas em movimento'', publicado pela Editora Oikos, em 2019, e “Desenhando coisas e afetos: a casa que construímos, a casa que nos constrói”. lançado pela Enunciado Publicações, em 2023. Editou os livros “Procuram-se artistas: aspectos da legitimação de (jovens) artistas da arte contemporânea”, do sociólogo Guilherme Marcondes, em 2021, “O Rio de Iemanjá: um olhar sobre a cidade e a devoção”, da antropóloga Joana Bahia, e “Olly. Raça, classe e gênero na invenção de uma modernidade rústica”, da antropóloga Patrícia Reinheimer, ambos em 2023. Os três livros foram publicados pela Editora Telha, empresa para a qual presta consultoria regulares expressas, ainda, na concepção, implementação e coordenação de livros e coleções como a Coleção Antropologias Feministas Contemporâneas. Entre suas produções mais recentes estão o capítulo de coletânea “As muitas faces de um livro: sexualidade e moralidade no mercado editorial”, lançada em 2018 pela Editora Papéis Selvagens, a organização da publicação de artistas “Ars Sexualis”, em 2020 na EAV Parque Lage, do artigo “Novos Futuros, Outros Passados: Coeducação Racial e Intergeracional entre os de Casa”, publicado em 2022 no site da RioOnWatch, e a coorganização e introdução do dossiê “Race, Class, and Gender in the Invention of Contemporary Arts” para a The International Journal of Arts Theory and History, em 2023.

Íra Lopes Barillo

Palestrante

Íra Barillo é fotógrafo e doutorande no PPGArtes da UERJ. Cria e pesquisa imagens sobre o grotesco, monstruosidades, performances de gênero, sexualidade e festa. Colabora com artistas em retratos fotográficos realizados em espaços públicos e faz colagens a partir de autorretratos. É natural do interior do estado do Rio de Janeiro e vive na capital há mais de dez anos. É mestre em artes da cena pela UFRJ (2019) e tem formação em fotografia pela School of the International Center of Photography (EUA - 2014). Faz parte do NUDE - design - corpo - tecnopolítica, grupo de estudos na ESDI-UERJ. Fez a curadoria e parte das imagens do fotolivro “Montação”, publicado pela Editora Philos (2021, 2025).

Ronald Canabarro

Mediador

Licenciado em História pela Universidade de Passo Fundo - UPF (2002-2005). Especialista em Gestão Escolar pela Universidade Castelo Branco - UCB (2007-2008). Com Diplomatura em Humanidades Digitales pela Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales - UCES - Argentina (2021). Mestre em História Regional, pela Universidade de Passo Fundo - UPF (2013 - 2015). Doutor em História, Política e Bens Culturais pela Fundação Getúlio Vargas - CPDOC - FGV (2019-atual). Atuo como Técnico em Assuntos Educacionais no Núcleo de Rádio e TV da Universidade Federal do Rio de Janeiro - NRTV - UFRJ. Sou parte da Rede de Historiadoras e Historiadores LGBTQIA+ do Brasil e da Rede Latino-americana de Arquivos, Museus, Acervos e Investigadores LGBTQIA+ (AMAI-LGBTQIA+). Criadora e responsável pelo projeto historiatransviada.com, surgido a partir da minha Tese de Doutorado. Tenho experiência nas áreas de História e Comunicação com ênfase em Gênero, Sexualidades e suas intersecções. Atuo principalmente nos seguintes temas: história transviada, história pública digital, historiografia das dissidências sexuais e desobediências de gênero, comunicação e dissidências, comunicação e educação, humanidades digitais.

Cronograma

Abertura do auditório (manhã): 10h
Mesa de debate 01: 10h30 às 12h30
Intervalo para almoço: 12h30 às 14h
Abertura do auditório (tarde): 14h
Mesa de debate 02: 14h30 às 16h30
Encerramento: 16h30 às 17h